Provas da evolução, vigésima setima aula de Biológia 10ª classe

Provas da evolução

1.Provas da evolução:

Existem dados directos e indirectos fornecidos por várias disciplinas que provam a existência da evolução das espécies, incluindo formas intermédias da evolução das espécies. A teoria da evolução diz que as espécies actuais surgiram a partir de outras que existiram no passado.

Para explicar a evolução é necessário, por isso, compreender esse passado, estudando, a partir de várias áreas de conhecimento, dados actuais que possam ser observados directamente.
As provas que secundam a evolução são variadas, podendo apresentar-se sob a forma de argumentos a favor do evolucionismo:

a)Argumentos de anatomia comparada;

b)Argumentos paleontológicos;

c)Outros argumentos a favor da evolução.

1.1.Os argumentos de anatomia comparada:

Os argumentos de anatomia comparada, baseados na semelhança das características morfológicas dos indivíduos, são principalmente:

§ Estruturas homólogas;

§ Estruturas análogas;

§ Estruturas vestigiais.

2.Estruturas ou órgãos homólogos:

Querido estudante, os órgãos homólogos são órgãos estruturalmente
semelhantes, todavia que desempenham funções diferentes.

-Os membros superiores do Homem e os membros anteriores das baleias, dos morcegos (membrana alar), das aves (as asas), dos cavalos, das toupeiras e das salamandras - todos estes órgãos têm a mesma origem embriológica e são constituídos por ossos correspondentes, mas desempenham funções diferentes.

 

Órgãos homólogos

Fig.01-Órgãos homólogos

-A armadura bucal dos insectos e constituída pelas mesmas partes, cada uma adaptada a um regime alimentar.

O órgão homólogo é resultado da adaptação dos seres vivos a ambientes diferentes, num processo chamada evolução divergente. Indivíduos com o mesmo ancestral que migram para ambientes diversos são sujeitos a evoluções diferentes. Em cada ambiente são seleccionados os indivíduos mais aptos, originando-se gradualmente formas com grandes diferenças da inicial.

3.Estruturas ou órgãos análogos:

Os órgãos análogos são estruturalmente diferentes, mas que desempenham funções semelhantes. São exemplos dos órgãos análogos:

-Os tubarões (peixe cartilagíneos) e os golfinhos (mamíferos aquáticos) pertencentes a famílias diferentes, mas têm a mesma forma do corpo e barbatanas que facilitam a sua deslocação dentro de água.

-A armadura bucal dos insectos e constituída pelas mesmas partes, cada uma adaptada a um regime alimentar.

Os órgãos homólogos são resultado da adaptação dos seres vivos a ambientes diferentes, num processo chamada evolução divergente. Indivíduos com o mesmo ancestral que migram para ambientes diversos são sujeitos a evoluções diferentes. Em cada ambiente são seleccionados os indivíduos mais aptos, originando-se gradualmente formas com grandes diferenças da inicial.

órgãos análogos

Fig.01.órgãos análogos

a)Tubarões e golfinhos:

Os órgãos análogos resultam da acção do mesmo ambiente sobre organismos de grupos diferentes. São características favoráveis que tornam os indivíduos portadores mais aptos e, portanto, favorecidos pela evolução. Este tipo de evolução é chamada evolução convergente.

Tubarões e golfinhos


Fig.02-Tubarões e golfinhos

3.1.Estruturas ou órgãos vestigiais:

Estruturas ou órgãos vestigiais são órgãos atrofiados sem função evidente e sem significado biológico que existem em alguns grupos. Segundo a teoria evolucionista, devem ter sido úteis nos antepassados dos seus portadores, tornando-se menos importantes até se transformarem em estruturas rudimentares.

O Homem possui cerca de 100 órgãos vestigiais, entre os quais as vértebras do cóccix, correspondentes à cauda dos seus antepassados, o apêndice cecal, homólogo do ceco de alguns herbívoros, os músculos para mover as orelhas e o nariz, a membrana nictitante, os dentes do siso, os mamilos dos machos, etc.

órgãos vestigiais

Fig.03-órgãos vestigiais

4.Argumentos paleontológicos:

Quando um ser vivo morre, a maior parte do seu corpo desaparece, comido por outros seres vivos ou destruído pelos decompositores. Mas, por vezes, pode ficar conservado, total ou parcialmente, ou deixar vestígios nas rochas. Estes vestígios são chamados fósseis.
Os estudos dos fósseis indicam que, ao longo do tempo, a terra foi sendo habitada sucessivamente por seres vivos mais evoluídos.

Os fósseis mais importantes para o estudo da evolução são os fósseis sintéticos, também chamados fósseis de transição, por apresentarem características de dois grupos actuais diferentes. São fósseis sintéticos:

a)Archeopteryx, animal com dentes e cauda comprida com vértebras, características do grupo dos répteis, mas que apresentava também asas e penas, como as do grupo das aves;

b)Pteridospérmicas, plantas que possuíam folhas semelhantes às do grupo dos fetos actuais, mas que também produziam sementes, como as do grupo das gimnospérmicas;

c)Ichthyostega, animal que possuía características dos peixes e dos anfíbios actuais;

4.1.Argumentos embriológicos:

A comparação dos embriões de Vertebrados, nas primeiras etapas de
desenvolvimento, permite observar a sua semelhança morfológica.

Embriões de vertebrados em diferentes estádios de desenvolvimento


Fig.04-Embriões de vertebrados em diferentes estádios de desenvolvimento

Todos embriões dos seres vivos representados na figura possuem fendas brânquias externas na região da faringe, sacos brânquias, coração tubular e músculos segmentados. À medida que os embriões se vão desenvolvendo, a semelhança entre eles vai sendo cada vez mais reduzida, até se diferenciarem nos vários grupos. Este facto sugere que os vertebrados têm um ancestral comum, tendo-se separado uns dos outros ao longo do processo de evolução.

5.Outros argumentos a favor da evolução:

Para além dos argumentos descritos, existem ainda outros que também são muito importantes para o estudo das relações de parentesco entre os seres vivos:
-Argumentos biogeográficos, baseados na análise da distribuição celular para todos os seres vivos;

-Argumentos citológicos, que revelam a mesma constituição celular para todos os organismos vivos;

-Argumentos bioquímicos, a partir do estudo comparativo das proteínas e dos ácidos nucleicos, que permite estabelecer relações de parentesco entre os indivíduos.

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